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*NORTON ROCK*


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             Se um amigo seu chegasse até você e perguntasse de qual tribo você é, o que responderia a ele?
Tribo é aquela na qual você sente bem.
Onde pessoas pensam parecido...
Que tem costumes parecidos com os seus ?
            Se pensarmos em tribos hoje em dia podemos citar algumas entre as que existem: Rockeiros, Góticos, Blogueiros, Designers, emos, etc...
Todos eles tem algo em comum, se sentem bem quando estão reunidos, trocam novas idéias, falam sobre o mesmo assunto, pensam num ideal, tudo isso porque eles se entendem, ou melhor dizendo são da mesma tribo.
            E um dos fatores mais importantes que definem os estilos são o gostos musicais.
Pensando nisso, conversei com o pessoal da banda de Rock alternativo Norton, sobre o cenário rock hoje em São Borja, a banda e seu trabalho.Confira a entrevista:

O que levou vocês a formarem a banda e a quanto tempo ela existe?
-A vontade é básica, a vontade de fazer música. Nós curtimos rock então a gente se espelha nos nossos ídolos e a gente quer fazer igual, ou melhor, ou pior talvez. E ela existe desde fevereiro deste ano.

Porque o nome Norton?
- Quem deu esse nome foi o integrante que saiu agora da banda. A gente tinha que dar o nome para o Departamento de Assuntos Culturais (DAC) da prefeitura, pra poder se inscrever em um evento que iria ter. Daí a gente estava lá em casa e precisava de um nome e olhou um vinho que tinha lá na estante de casa, ele viu “Norton”, ele gostou e colocou... e deixamos.

Como vocês definem o estilo de vocês?
- Acho que não dá pra colocar muito rótulo, quando coloca muito rótulo a coisa fica meio dispersa. Daí é rock e deu, não tem muito o que dizer.

Como vocês veem as pessoas de outros estilos, essas pessoas de outros grupos gostam do trabalho de vocês?
- Olha, a gente vê sem preconceito nenhum, cada um faz o que gosta. Quem curte rock, sempre vai gostar. Mas quem gosta de pagode, por exemplo, é difícil de gostar. E Crítica sempre existe, existe em todo lugar. E por exemplo aqui, em São Borja, o rock ele não é destinado só pra um estilo, hardcore, rock’in roll, ele acaba gostando de todo o tipo de banda e até pessoal que gosta de rave metal acaba gostando do tipo de música que a gente gosta. Nós não temos preconceito com nenhum tipo de música. Para quem toca é ter coragem de estar em cima do palco e gastar o tempo ensaiando. Tem que tocar o que gosta.

Falando um pouco sobre o cenário do rock em São Borja: Vocês acham que vem crescendo, que vem mudando alguma coisa? E em relação a bandas novas... ?
- São Borja, desde que eu toco, sempre foi uma coisa não muito estável, sempre teve uma época que começava a movimentar bastante, ter bastante eventos daí chegava uma época que parava e sumiam todas as bandas. A mesma coisa que está acontecendo agora, o movimento está grande, tem bastantes eventos, isso faz surgir bandas novas. Bandas novas sempre é bom, não pode ficar estagnado nas mesmas bandas sempre. Acontece bastante de ter um evento, aparece uma banda forte, uma banda só pra tocar naquele evento e depois desaparece. Enquanto tiver rock existe uma banda ensaiando pra tocar, quando termina essa época daí a banda não toca mais por que não tem onde tocar. O movimento de SB é feito por nós mesmos, não tem ninguém que faça. Até a prefeitura agora está dando bastante apoio, ao menos pra nossa banda, que é o DAC. Está tendo bastante eventos pra fora, a caravana cultural tem ido em todo o distrito de SB. E é legal sair um pouco de SB e ver o pessoal de fora.




Você pode assistir também a entrevista completa...vale a pena conferir ;)

Tribos Urbanas*_


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         Eles andam em bandos. Na maioria dos casos, se comportam, pensam, falam e se vestem parecidos. Isso porque, para pertencer a um grupo, adotam uma série de elementos, sobretudo externos, que compõem seu universo paralelo. E assim, identificam uns aos outros em meio à heterogeneidade das grandes cidades. Grunges, patricinhas, roqueiros, punks, surfistas, góticos, clubbers, hippies, cults... São diversos subgrupos sociais, verdadeiras tribos que formam o espaço urbano. Para quem está de fora, eles são, no mínimo, exóticos. Há os que nutrem certo preconceito com o desconhecido. O tal etnocentrismo antropológico de rejeitar o que é diferente. Existem até os que rivalizam com membros de outros núcleos.



         Programas e lugares típicos, acessórios, livros, músicas. É fácil reconhecer membros de tribos urbanas, mesmo quando eles fazem questão de evitar denominações. Só que não precisa ir nos seus nichos para reconhecer um gótico em sua sensível obscuridade, o senso crítico e contestador dos punks, o jeitinho natureba dos hippies... Não que eles sejam todos iguais, mas sempre existe um traço que os une e é passível de identificação por quem está de fora. Em uma sociedade tão diversa, o motivo pelo qual pessoas se juntam em um grupo não é mistério.


         A psicanalista Alba Senna explica que todo mundo precisa se sentir parte de algum grupo. “O ser humano tem necessidade de se grupalizar como uma forma de ser amparado e não se sentir sozinho. Assim, busca outros com os mesmos traços, seja de pensamentos, modos de vestir, músicas etc. E como esses elementos se exteriorizam, existe uma taxação, já que se formam verdadeiras tribos”, analisa Alba. Pois é, e não adianta julgar o que a gente não conhece. “Temos tendência a tecer opiniões sobre o que é diferente sem conhecermos. As pessoas não são melhores nem piores por causa de seus gostos e cabe a nós uma segunda impressão”, conclui a psicanalista.


         Eu sou Vanessa Carlotto estudante do 3º Semestre de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Este Blog é produto da disciplina de Jornalismo Digital e tem por objetivo mostrar aspectos, notícias e curiosidades sobre o diversos estilos que permeiam nossa vida.